quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Palestra - SABESP

     Dentre o nosso projeto de sustentabilidade, um dos enfoques abordados dizia a respeito da água, seu uso, preservação e manutenção. Devido a isso, tivemos acesso a uma palestra com uma representante direta da SABESP que nos informou melhor sobre o que ocorre nas estações de tratamento, que também foi visitada por alguns alunos representantes de cada grupo.

     De toda água existente no planeta sabemos que aproximadamente 3% é doce, e dessa mínima porcentagem, 0,7% está em estado líquido e de forma acessível a nós. Apesar de muitos saberem esses dados, a grande e infeliz esmagadora maioria da população desperdiça sem dó esse bem precioso, além da sua má utilização e de sua desvalorização ser dada devido ao baixo custo desta para os moradores brasileiros que tem acesso a água encanada.
   Ainda nesta palestra pudemos saber como a água que chega "suja" nas estações de tratamento é tratada, e devido a representante da SABESP aprendemos que a água passa por diferentes peneiras e filtros, de diferentes calibres e de modo gradual. Posteriormente ela recebe produtos químicos como sulfato de alumínio e cloro, o primeiro para a junção de impurezas mais pesadas (e este processo auxilia para a limpeza de detritos visíveis a olho nu), e o segundo para matar as bactérias e microorganismos maléficos presentes nesta água que possam causar algum tipo de dano ou patologia a saúde da população.
Posteriormente tivemos um debate com a participação dos alunos acerca dos rios brasileiros, em especial o Tietê, em comparação aos rios de grande uso de outros países, mas que foram recuperados. O Tietê hoje é denominado um rio extremamente tóxico, sem nenhum tipo de uso para os animais além de despejo de esgoto pelos seres humanos, e este despejo é feito de forma extrapolada e que sobrecarrega a capacidade de se renovar do rio, dando assim a sua "fama" e infeliz realidade hoje existente. O rio paulista hoje abriga em seu fundo muito lixo de variadas origens, além da água ser contaminada por produtos tóxicos em grande quantidade, e a falta de oxigênio (que impede a reconstituição de existência de vida no rio) é dado pela presença de bactérias, que surgem devido a quantidade de lixo, que consomem todo esse oxigênio, e que também leva o Tietê a ganhar o apelido de "rio morto". Ao compararmos com outros rios, como ocorreu na Inglaterra e China - que obtiveram recuperação total do rio e de seu ecossistema em um processo intensivo em 20 anos - que limparam os seus rios, o rio Tietê ainda é muito deficitário e atrasado quando se diz a respeito da atenção que ele recebe nesse aspecto, pois ainda continuamos a despejar todo o esgoto de São Paulo e das cidades vizinhas nele, sendo assim um ciclo vicioso que precisa ser mudado urgentemente.

Rio Tietê

Portanto, podemos concluir que a água é o bem mais precioso que temos para a manutenção da vida e que infelizmente no Brasil isso ainda não foi percebido ou alertado. Temos um ótimo sistema de tratamento no país, mas ainda falta a distribuição da água e o uso consciente da população, e que se queremos nos integrar a ideologia de ser sustentável, a água é um grande e determinante fator que não podemos esquecer.

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